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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Breu


Faz-se breu.
Tento acordar memórias do porto de partida
e já nem sequer me lembro para onde vou.
Abro as páginas que escrevi na noite com gotas de saudade
e só o vazio se preenche na solidão dorida.
Faz-se breu.
Atiro os olhos de encontro ao horizonte
na esperança de acender a noite com o teu sorriso.
No fundo do céu, sim, no sitio onde o mar também é céu,
Só o abismo onde caem os olhares em buscas desvairadas.
Faz-se breu.
E eu apago-me no ritmo desta noite eterna...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Parti! (ou Para ti!)


Parti.
Não levo olhos no vento nem sorrisos na maré
Não levo braços nas ondas nem farois no nevoeiro.
Parti.
Não levo sonhos de espuma nem desejos de aportar
Não levo no corpo a alma nem o tempo de dormir.
Parti de mim e deixei-me naufrago duma recordação!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Hoje não!



Não me apetece versos com palavras dentro
Nem praias que o mar, inexoravelmente, visita em cada onda.
Não me apetece bocas com risos pendurados
Nem braços que se apertam de encontro ao nada.
Não me apetece beijos nem caricias de vento feitos
Nem um corpo erguido de fantasmas doutro ser.
Hoje não me apetece falar com esta boca a sair dos dedos...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Eram verdes...




Eram verdes as palavras dos meus versos
E eram verdes como a espera num fim da tarde.
Diziam mãos estendidas em abraços
E olhos lançados no horizonte em procuras.

Eram verdes os sorrisos tão sonhados
E eram verdes como a ausência num olhar.
Viam braços apertados em grandes laços
E bocas famintas de beijos prometidos

Não quero verdes os teus olhos.
Quero azul como o mar que deles brota.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Morar no teu sorriso



Abri o peito, soltaram-se luas,
Mordi os lábios e beijei a dor.
Toquei as mãos de dedos nuas
Bebi em ondas o meu suor.

Arranhei a alma, escrevi na pele,
Parti os olhos para não ver.
Comi despojos a saber a fel,
Morri assim por não te ter.

Acordei do sonho, nasceu o sol
Encurtei distâncias, fiz-me mar.
Eu fui veleiro, tu o farol,
No teu sorriso quero morar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Em Suspenso - Odete Ferreira

Eu vou! E tu? (Aparece. Vai valer a pena...)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um corpo nas tuas Mãos


Não sei dos remos, nem do leme
Só o mar do teu corpo fica.
Fiz um barco no desejo da tua pele
E naveguei, sem destino, nas ondas
Que se esmagam nos rochedos da saudade.
Não sei das rotas, nem dos portos
Só o mar do teu corpo fica.
Icei as velas, beijei os ventos
E naufraguei na baía do teu regaço
E lá fiquei até que o meu desejo se encha do teu corpo...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Abril



Veio Abril em marés cheias
Nesta praia que é da gente
Sonhos novos são ideias
Já que o amor é semente.

Floriu o céu em desejo
Nova alma se levanta
Força Povo que prevejo
Que uma Nação se agiganta.

E Abril abriu em flor
Nos corações apertados
Esperança em vez de dor
E os medos destroçados.

Quero Abril cantar de novo
De mãos dadas num abraço
Num projecto onde o Povo
No desenho seja o traço.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um só Desejo... Um só!




No negrume da noite,
Neste escuro de preto vestido,
Num silencio gritado de palavras mudas,
Um só desejo a soltar-se dos dedos enregelados
Como quem verte solidão rodeado de tanta gente sem corpo.

No deserto dos dias,
Neste frio que se entranha,
Num abismo de saudade feita ausência,
Um só desejo a correr desenfreado pelas veias
Como quem abraça o vazio tão grande de tão cheio.

Um só desejo… Um só!

sábado, 16 de abril de 2011

Janela do Coração


Na ânsia de te tocar, de poder beber-te o olhar,
Fiz das palavras ondas e do desejo barco.
E assim embarcado, ao sabor da maré,
Por tantas espumas feitas luas
De velas enfunadas aos ventos
Navego na distância dos nossos olhares
Até que, pelo menos, num momento,
Se possam cruzar na janela do meu coração.