BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Palavras



Eram breves as palavras que os teus olhos segredavam
Dizias, em murmúrios, músicas de Outonos e fins de tarde
Ao redor de ti sobravam cores que espalhavas pelo ar
Criando horizontes de luz e sombras

Eram lindas as palavras que os teus olhos me ofereciam
E uma a uma, soltando-se num clarão, como que por encanto,
Pousaram nos meus lábios para que, num beijo, as guardasse
Colorindo uma canção que nos falasse de amor.

Foram tantas as palavras que os teus olhos prometeram…

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Outono




Numa praia, Sozinha, aguardo ansiosa pela tua chegada...

Sei que Contigo trazes folhas caídas de tons quentes...
Que abandonas nos ventos, deixando que se misturem
Com as Chuvas frias e tímidas, que deixas cair na janela ainda meio aberta...
Sinto-te em cada murmúrio, em cada gota desta Chuva de Inverno.

Quero-te em pleno com os cheiros quentes dos aromas da vida
Num Outono apaixonado por uma Manhã de Inverno.





Ela não queria...
Pasme-se: Dizia que não sabia escrever...
Insisti e o resultado foi o poema acima.
Foi um prazer trabalhar sobre o teu belissimo texto. Obrigado!
Ela, a mulher cheia de talento, é a Xinha

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Navego em ti...




Pousavas nos meus ouvidos sons de maresias…

E assim, abandonando-me, deixava que me acariciasses a alma
E que fugisses de ti em cada sopro dos beijos que trocávamos.
Percorria o teu corpo em alamedas de ondas, em rotas desconhecidas,
E aportava em cada baía, em cada cais, que me oferecias em eternos azuis.
Sentia fome, sede de madrugadas acordadas em paixões
E já nada saciava o desejo de te ter, resplandecente, em cada luz que acendias.

Pousavas nos meus olhos luas e marés…
E assim, marinheiro de mim mesmo, navego em ti até se acabarem os versos…

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Repouso o olhar...



Encostado às margens do teu corpo
Repouso o olhar adormecido de beleza

Sinto-o para além dos sentidos
Num encontro de beijos e carícias
Trocados num dia em que horas se ausentaram.

E assim, desperto dum sono de mil paixões,
Permaneço em mim confundido em ti.

sábado, 20 de setembro de 2008

Corpos conquistados





Suspiro...
E no negrume da noite
Nem me atrevo a abrir os olhos...

E assim, como que naufrago de mil mares
Só sinto os sonhos a baterem nas vidraças
Lembrando que O prazer
Vai para além Dos corpos conquistados.

Desperto Pelas emoções ao rubro,
Sentindo-te tão Á flor da pele
Com os teus lábios me caso, num beijo enorme
Do tamanho do desejo que Tu invades....




Se dúvidas restassem sobre a qualidade dos versos da Marta, aqui vos deixo esta prova inequívoca.
Parabéns Marta e obrigado.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Tanta imensidão...



Soltaste um traço, um abismo, um minuto de refúgio.

E assim solta, em plena queda, das mãos largando pássaros,
Ias transpondo fronteiras, entre o real e o sonho, entre o ser e o sentir.

Abriste brechas, um esconderijo, um momento de abandono.

E assim livre, em plena fuga, dos olhos soltando gritos,
Ias mergulhando gestos, entre o querer e o ter, entre o beijo e o morder.

Deixaste luzes, uma nuvem, uma imensidão de ti…

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Num fim de tarde...



Num fim de tarde, quando as gaivotas repousam de tantos voos,
Quando a noite se prepara para pairar sobre tanto mar,
Quando dos meus lábios brotam versos que o tempo emudeceu…

Num fim de tarde, quando os gestos se estendem para além dos corpos,
Quando o olhar se funde em brisas de flores de mar,
Quando as luzes se acendem nos veleiros feitos sonhos…

Eu quero estar aqui, rodeado do que resta de mim
E celebrar a tua imagem que a lua reflecte num raio de paixão.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ao menos, tu!


Em silêncio, com olhos de madrugada, olhavas o mar,
E do teu olhar corriam versos enfeitados de marés.

Ao longe, onde o dia nasce por cansaço duma lua que inventei,
Surgem ilhas onde a ondas se espreguiçam entre espumas e penedos.

Embalado no meu barco, troco o sono pelo sonho, e assim desperto
Imagino-te uma praia, feita altar, onde vou chegar, de manhãzinha,
Para aí repousar o meu corpo sedento de alvoradas.

E vejo-te, em silêncio, com olhos de madrugada, a tecer os lençóis
Onde o amor se deita ao acordar da minha ausência.

Ao menos isto…

Ao menos tu!