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sábado, 31 de maio de 2008

Mãos



Quando abriste as mãos e deixaste cair os sonhos que trazias para enfeitar a noite, a lua voou num som de voz rouca e parou por cima dos teus olhos.

Vejo-te refletida na janela do céu, enfeitada de estrelas e de musicas de anjos...

Delírios...



Com paredes feitas de mar e um telhado de maresia, abri as janelas desta casa para olhar o horizonte. Aqui perto dois ou três sussuros das rochas em conversa com as ondas. Mais ao longe, o doce embalo dum barquinho nos braços duma sereia...

Abri a porta da bruma e caminhei, parado num êxtase, para onde me levava o destino.

Acenaste-me, sorriste e, num repente, me envolvias entre os teus cabelos...

Acabem as horas, silenciem-se os gemidos que a minha alma dorme no peito da madrugada...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Falar de amor



Abri, com mãos de ternura, um buraco nas nuvens para que o sol pudesse cair sobre ti...

E assim, iluminada, aquecida, me devolvesses o sorriso que a bruma tinha roubado.

Nem só o azul prevalece quando se fala de amor...

Castelo



Ergui-te um castelo com pedras que o mar devolveu a uma praia onde, tantas vezes sózinho, fizera esboços com areia molhada pelo espumar das ondas.

Pedi à lua que o acendesse e aos ventos que o protegesse.

E prendi-me com amarras de versos numa torre chamada ilusão...e fiquei à tua espera!

Desafio (para a Marta com carinho...)





Quem és tu Ventania?


Uma brisa sedenta dum veleiro de paixões carregado...


Porque andas sempre a correr?


Corro por medo de nunca chegar...


Qual a pressa em conquistar o vento, o tempo e a luz?


A pressa que um mar tem em se fazer oceano para poder refletir a luz ao som dum tempo repleto de vozes de marinheiros...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quero dormir...



Olhei para o horizonte, para além do mar, para onde as estrelas se deitam quando a noite descansa de tantas ondas,

Procurei na brisa o cheiro do teu canto de sereia,

Pedi ao vento que te descobrisse,

E, finalmente, do meio duma bruma, surges tu, meu amor, e adormeço no quente do teu regaço.

Caiu a noite...



Caiu a noite no meu dia...

E o sol já só nos oferece a sua luz pelo espelho da lua.

No mar, por entre reflexos dessa luz, começo um novo dia com o que sobrou da noite que acabou de cair.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Quatro ondas, uma maré e um nome - Ana (28/5)



O mesmo mar e tantas ondas, sucessivas, cadenciadas...

A mesma praia e tantos mares, ora calmos ora revoltos...

És a minha praia onde eu, um mar carregado pelas ondas que o vento cria, me espraio e onde, a um fim de dia qualquer, quero morrer.

Lua



Escondida pela lua, vais tecendo, com gotas de luz, um manto de serenidade para, mais tarde, me aconchegar o medo que sinto por não ser mar, nem azul...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Voei



Voei na brisa de encontro ao sul, com o mar por companhia
Solitário, procurava no horizonte a tua imagem e, cego, não te via...
Se ao menos ouvisse o teu sussuro, meu anjo azul...



Porto de abrigo



Percorro cada recanto do teu corpo na busca desenfreada dum porto onde me abrigar...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Navegar...



Naveguei no teu olhar

Perdi-me no teu sorriso

Não seques nunca este lago que existe em mim e que me leva até ti...

domingo, 25 de maio de 2008

Um sonho



Sonhei a cores esta noite.

E tu eras azul, tão azul como as asas dum anjo azul

Sonhei a cores esta noite.

E tu eras tu, tão tu que não há cor que te pinte (se ao menos houvesse um pouquinho de ceu, ou de mar, sim de mar...)

Um beijo...



Um beijo de sede, de seda azul

Uma água que sacia

E, de tão macia,

Me acaricia o eu...

Tão azul...



Não apaguem esta luz que me devolve o azul no horizonte...

Passava o resto da minha vida a desenhar este azul...

sábado, 24 de maio de 2008

O Mar






À nossa frente... o Mar, tão azul de espuma feito!
Lembro-me desse Mar, ora cinzento ora azul.
Ainda lhe sinto o cheiro, a maresia...
Saudade devia rimar com Mar!


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Para além da luz...



E há aqueles dias em que a luz é mais exuberante...
Através dela, como que trespassando a alma, defino-te os contornos e desenho-te um sorriso enorme…

Por vezes...



Por vezes, olhando-te, descubro chamas no meio da cinza…
Por vezes, tocando-te, sinto calor quando está tão frio…
Por vezes sonho e não queria acordar!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Teu Sorriso



Gostava de entrar no teu sorriso
Guarda-lo num recanto do meu corpo

Para depois, olhando-o, acende-lo numa manhã de Inverno

terça-feira, 20 de maio de 2008

Saudades de ti



Chegas sempre de manhã. Fria, despida de ternura
A noite afasta-te de mim. Inexoravelmente…

Contigo trazes sabores a escuro, a solidão e a medos
Que abandonas no quente do meu quarto.

Olhando-te, vejo sombras do que eras,
Pedaços do que foste.

Se ao menos pudesse tocar-te,
Aquecer-te o Inverno com que te arrastas…

Nunca mais é Primavera para te dizer:
Tenho saudades meu amor

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Faz frio



Faz frio!

Não será possível aquecer esta manhã que teima em enregelar-me a alma?
Tenho tantas saudades tuas!
Volta Primavera e deposita em mim um raio de luz que me abra o peito e me deixe respirar...