Abri o peito, soltaram-se luas,
Mordi os lábios e beijei a dor.
Toquei as mãos de dedos nuas
Bebi em ondas o meu suor.
Arranhei a alma, escrevi na pele,
Parti os olhos para não ver.
Comi despojos a saber a fel,
Morri assim por não te ter.
Acordei do sonho, nasceu o sol
Encurtei distâncias, fiz-me mar.
Eu fui veleiro, tu o farol,
No teu sorriso quero morar.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Morar no teu sorriso
Publicada por Ricardo Silva Reis à(s) sexta-feira, maio 27, 2011
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7 Gotas de Chuva:
Que maravilha de poema! Sempre com cheiro de maresia e sabor a sal!
Lindo, lindo, lindo seu poema.
Beijos, querido e ótimo fds.
"Acordei do sonho, nasceu o sol
Encurtei distâncias, fiz-me mar.
Eu fui veleiro, tu o farol,
No teu sorriso quero morar."
Maravilhoso! Os veleiros fazem voar a imaginação!
Ah! Que inveja! Como eu gostava de saber assim rimar!
Um sonho sofrido,
depois diluído
na esperança
de um sorriso
num mar de temperança!
Parabéns! Bjinho :)
Ser mar. Ser barco. Ser o sorriso ocupado pelo amor...
Um beijo.
tantas vezes arranhamos a alma e escrevemos na pele a dor (e o amor...)
Adorei! Parabéns!
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