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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Preciso de ti, amor!



Ardem-me os olhos de tanto mar
Que nem as praias me confortam.
As brisas soltam-se em ventos…

Quero agarrar-te entre os dedos
Prender-te de encontro ao sonho.

Dá-me asas de gaivota
Cheiros de marés novas
Luzes de lua cheia.

Dá-me versos de dunas escondidas
Canções de mares e ventos
Dá-me músicas de embalar
Que eu preciso ficar dormindo no teu sonho!

terça-feira, 29 de junho de 2010

You raise me up

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Josh Groban - You Raise Me Up



When I am down and, oh my soul, so weary
When troubles come and my heart burdened be
Then, I am still and wait here in the silence
Until you come and sit awhile with me

You raise me up, so I can stand on mountains
You raise me up, to walk on stormy seas
I am strong, when I am on your shoulders
You raise me up, to more than I can be

You raise me up, so I can stand on mountains
You raise me up, to walk on stormy seas
I am strong, when I am on your shoulders
You raise me up, to more than I can be

There is no life, no life without its hunger
Each restless heart beats so imperfectly
But when you come and I am filled with wonder
Sometimes, I think I glimpse eternity

You raise me up, so I can stand on mountains
You raise me up, to walk on stormy seas
I am strong, when I am on your shoulders
You raise me up, to more than I can be

You raise me up, so I can stand on mountains
You raise me up, to walk on stormy seas
I am strong, when I am on your shoulders
You raise me up, to more than I can be.

sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago



Porque só me apetece evocar este poema...



Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimonia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão subtil... tão pólen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de Outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...


José Gomes Ferreira

sábado, 5 de junho de 2010

No meu Mar



No meu mar, só existem ondas de verdade,

Daquelas que rebentam na areia, para além da areia...


No meu mar, só existem brisas de verdade,

Daquelas que se cheiram na praia, para além da praia...


No meu mar, só existe um canto de sereia de verdade,

Daqueles que encantam marinheiros, para além dos barcos...


No meu mar não existem palavras indiziveis, para além dos dicionários,

Daquelas que enchem versos e esvaziam poemas...


No meu mar não existe mais nada para além do mar!